O Rocinante
sexta-feira, setembro 08, 2006
  O Rocinante
"Foi logo ver o seu rocim, e embora tivesse mais quartos que um real e mais tachas que o cavalo de Gonela que lantiim peilis ei’ ossa fuit, pareceu-lhe que nem o Bucéfalo de Alexandre, nem o Babieca do Cid se lhe igualavam. Quatro dias passou a imaginar que nome lhe poria, porque (segundo dizia a mesmo) não era razoável que cavalo de cavaleiro tão famoso, e de si mesmo tão bom, estivesse sem nome conhecido; e assim, procurava arranjar-lho de maneira que declarasse bem o que havia sido antes de ser de cavaleiro andante, o que era então; porque era muito razoável que, mudando o seu senhor de estado, mudasse ele também de nome e o cobrasse famoso e de estrondo, como convinha à nova Ordem e ao novo exercício que já professava; e assim, depois de muitos nomes que formou, apagou e abandonou, acrescentou, desfez e tornou fazer ria suas memória e imaginação, acabou por fim por lhe chamar ROCINANTE, nome no seu entender alto, sonoro e significativo do que tinha sido quando foi rocim, antes do que era agora, o primeiro entre os primeiros de iodos os rocins do mundo."
Miguel de Cervantes Saavedra, O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha
 
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Num lugar da Europa cujo nome não quero lembrar-me, vive um povo que não se dá a enriquecer o espirito ou a fortalecer-se no trabalho e se esqueceu quase completamente que estas são as bases para o bom governo da casa e administração da fazenda.

Porque é que criei este monstro? A resposta é simples, sempre quis escrever mas nunca nunca encontrei o estimulo de poder ser lido. Por isso, e aproveitando o facto de muita gente vir fundir ouro para aqui, Eu, "Seguidista" português, decidi escrever sobre tristes figuras e fracas matérias, se calhar, mais magras que o ilustre corcel.

Nota: Os "posts" publicados são normalmente revistos.


O meu e-mail: J.M.P.O.@portugalmail.pt.

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