Palavras para quê... Verborreia estulta
Penso que se calhar é desta que me saem todas as ordinarices refreadas pelos meus lobos frontais... Um reverendo Sacerdote que paroquiava numa aldeia de Trás-os-Montes para além de acenar com o inferno todos os santos Domingos diz coisas o género na sua homilia dominical: "Sou contra o aborto (até aqui tudo bem, mas já vai estragar tudo) porque quem aborta padecerá de penas terríveis no inferno, assim como aqueles que por práticas como a masturbação que fazem com que a selecção das crianças não se dê pela ordem natural." ok... porque é que o senhor abade não se basta com o argumento: "o aborto é matar", ou aquele: "é mau porque não pode ser tido como uma lei universal, e porque contraia um sistema que põe a vida humana num patamar cimeiro", estes são argumentos válidos independentemente de concordar ou não com eles, agora essa coisa do inferno, quando souber se existe não nos vai poder contar... Parece-me que, apoia a invenção de novas formas de aumentar o numero de óvulos nas mulheres para aproveitar todos os espermatozóides... Ou estarei enganado? (Porventura, o numero dos seus "afilhados" aumentaria). Já agora, para quem elogia a P.I.D.E, penso que não se chatearia se houvesse uma polícia especializada para apanhar os homens quando estão com as "mãos na massa"... Está bem que estar a glosar isto parece ridículo, mas há pessoas para quem os argumentos apresentados pelo dito presbítero são certos e seguros e que são capazes de apostar a sua credibilidade para subscrever farisaicamente as teses destes "doutores da lei"... (sim, estou a referir-me a alguns episódios e comentários desde os mais discretos ao celebérrimo episódio das mães de Bragança)... Fica mal usar assim as pessoas, borra mais a pintura se acrescentarmos que foi professor de teologia quando algumas casas de formação funcionavam em regime de internato... Ao mesmo tempo pode sentir-se orgulhoso porque os pastores aqui parecem lobos... Como dizia o grande Padre António Vieira "vos estis sal terrae" "mas quando o sal não salga"...